William Waack voltou a ser notícia, depois de fazer um comentário preconceituoso sobre Belém, capital do Pará, em uma edição ao vivo do Jornal da CNN. O apresentador chamou um repórter que estava na região Norte do país e afirmou que não queria deixá-lo esperando “no meio do mato” (veja vídeo no final da matéria). A fala do jornalista revoltou o prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), que o chamou de racista e preconceituoso, diz o 247.
Waack fazia uma entrevista no estúdio quando chamou um repórter que estava ao vivo no Pará. “O Caio está nos chamando lá de Belém, e eu não quero deixar ele parado lá no meio do mato”, afirmou ele.
“Ele não está no meio do mato, está no meio da cidade. Agradabilíssima”, criticou uma das convidadas, que estava ao lado de Waack em uma mesa de discussão. “Eu sei, estou fazendo uma brincadeira. A gente se zoa muito aqui. Nosso ambiente aqui é sempre um zoando o outro”, disse o âncora.
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, repudiou a fala do comunicador em nota publicada nas redes sociais. O político ainda gravou um vídeo em que relembrou o caso de 2017, quando Waack foi flagrado fazendo piadas de cunho racista nos bastidores do Jornal da Globo, e em seguida acabou demitido da emissora.
Naquele episódio, quando se preparava para entrar ao vivo, de Washington, ouviu um carro buzinar e disse a outro jornalista: “Coisa de preto”.
“Mais uma vez um jornalista de direita, famoso por atos de racismo, de preconceito, de incentivo a violência, se manifesta para ofender Belém e o povo da capital do Estado do Pará. Uma capital com grande acervo arquitetônico, histórico”, se revoltou ele.
“Uma capital com a segunda maior universidade do Brasil, com centros de pesquisa, com uma criatividade reconhecida pela Unesco na área da gastronomia, mas uma expressão de potência, em termos de diversidade cultural. Essa cidade está com muito orgulho, incrustada na floresta, circundada por 39 grandes ilhas.
“Se orgulhe, Belém, de ser verdadeiramente amazônica e de ter contribuído muito para produzir divisas para este país e para ajudar o desenvolvimento de todas as regiões do país. Belém exige respeito”, concluiu Edmilson Edmilson Rodrigues.
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