A empresa Combat Armor Defense do Brasil, que forneceu veículos blindados para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de Jair Bolsonaro, afastou seu presidente, Maurício Junot de Maria, após o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificar movimentações financeiras atípicas por parte da empresa. O Coaf apontou que a Combat Armor realizou operações bancárias incompatíveis com sua capacidade econômica, incluindo saques em espécie fragmentados em um curto período, segundo Mônica Bergamo, Folha.
A empresa afirmou em comunicado que o afastamento de Junot foi decidido devido às denúncias veiculadas na imprensa e visa garantir a integridade do processo de apuração. A Combat Armor reiterou seu compromisso com ética, excelência e transparência em suas atividades.
A aquisição dos veículos blindados pela PRF ocorreu durante a gestão de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da corporação, e já é investigada pelo Ministério Público Federal por suspeita de fraude em licitação. O Coaf relatou que durante uma visita às instalações da empresa, não foram encontrados veículos ou maquinário para a realização de blindagem.
Movimentações financeiras suspeitas foram identificadas, incluindo pagamentos da PRF e do Governo do Rio de Janeiro para a Combat Armor. As transações levantaram preocupações devido à incompatibilidade com o faturamento mensal da empresa. A Cúpula de Investigação Parlamentar (CPI) está analisando essas questões, juntamente com a investigação sobre ataques golpistas às sedes dos três Poderes.