Deputados federais do Partido dos Trabalhadores (PT) estão atualmente inclinados a considerar o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, como o candidato favorito para ser escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o próximo chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Essa perspectiva ganhou força a ponto de muitos dentro do PT acreditarem que Gonet já teria conquistado uma vantagem sobre outros potenciais concorrentes na corrida para suceder Augusto Aras, incluindo o próprio atual procurador-geral da República, que expressou sua intenção de buscar a recondução. As informações são de Igor Gadelha, Metrópoles.
Nos bastidores políticos, os petistas atribuem a possível preferência por Gonet a uma série de fatores. Um elemento central é o apoio e endosso que ele recebeu de figuras influentes no Supremo Tribunal Federal (STF), notavelmente os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. A relevância desse apoio foi realçada pelo fato de Lula ter se encontrado com Gilmar Mendes, indicando, assim, sua tendência a não reconduzir Aras ao cargo de PGR.
Além do respaldo entre membros da alta corte, há também a percepção de que o nome de Paulo Gonet atrai a simpatia de alguns parlamentares do próprio Partido dos Trabalhadores. Isso se traduz em um sentimento de desconforto que uma parte da bancada petista experimenta quando se trata de defender publicamente a recondução de Augusto Aras. Essa relutância é alimentada pela associação entre Aras e o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que poderia criar uma situação política delicada para os membros do PT.
Vale observar que o processo de escolha do próximo PGR está sendo acompanhado de perto, e as decisões tomadas terão implicações significativas para o cenário político e jurídico do Brasil. Lula já comunicou a seus aliados e ministros do STF sua intenção de anunciar o indicado para o cargo em setembro, antes de selecionar o substituto para a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. Esse movimento estratégico visa evitar a possibilidade de um “outsider” assumir o cargo de procurador-geral.
Além de Paulo Gonet, outros nomes estão circulando como possíveis candidatos à sucessão de Augusto Aras. Entre esses estão os subprocuradores Antônio Carlos Bigonha, Carlos Frederico Santos e Humberto Jaques, que também são considerados na bolsa de apostas para ocupar a liderança da PGR.
Em resumo, a escolha do próximo Procurador-Geral da República está repleta de considerações políticas e estratégicas. Paulo Gonet emerge como um forte candidato, respaldado por apoio tanto dentro do Supremo Tribunal Federal quanto entre os membros do PT. A decisão de Lula, que planeja tomar uma decisão em setembro, promete ter um impacto duradouro no cenário político e jurídico do Brasil.