Marcada para ocorrer na semana que vem em Belém do Para, e tendo como anfitrião o presidente Lula, a Cupula da Amazônia articula para formar um bloco de nações florestais e cobrar dos países ricos recursos para trocar atividades que degradam a natureza por práticas sustentáveis.
“O que queremos é dizer ao mundo o que vamos fazer com as nossas florestas e o que o mundo tem que fazer para nos ajudar”, resume Lula. O petista adotou a pauta ambiental e a transição energética como marcas de seu terceiro governo.
O fortalecimento de um bloco de países que têm grandes florestas em seu território é a maneira proposta por Lula para buscar esses recursos já na próxima conferência das Nações Unidas para o clima, a COP-28, que acontecerá em novembro deste ano, em Dubai.
Por isso, além das nações que dividem a floresta amazônica, o Brasil chamou para a cúpula a Indonésia, a República Democrática do Congo e República do Congo, além da França, que controla a Guiana Francesa.
As expectativas são grandes para o encontro na capital paraense, que também sediará a COP-30, no ano que vem. Os detalhes do tratado a ser assinado pelos chefes de Estado no fim do evento ainda estão sendo debatidos, mas há a expectativa de que todos os países assumam o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030.
Participam do evento chefes dos seguintes Estado: Brasil, Colômbia, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela. Segundo o Itamaraty, os chefes de Estado de Suriname (Chan Santokhi) e do Equador (Guillermo Lasso) não virão, por questões de política interna, e deverão ser representados por ministros.
É esperado o fortalecimento regional para combater crimes como venda de madeira ilegal, garimpo e tráfico de drogas em toda a Amazônia, e acordos de cooperação entre países fronteiriços para ações contra o desmatamento.
Ao mesmo tempo, os negociadores querem propor aos países alternativas para viabilizar a substituição de atividades predatórias do meio ambiente por práticas sustentáveis. É nesse ponto que entra a necessidade de financiamento nacional e estrangeiro, pois fazer a transição custa mais aos produtores do que seguir práticas tradicionais de exploração do território.