Com Lula, The Economist já fala em nova “decolagem” do Brasil

Com Lula, The Economist já fala em nova “decolagem” do Brasil

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A inflação e o dólar caíram, o crescimento surpreendeu e até o mercado já começou a elogiar a gestão Lula. Para a The Economist, a imagem do Brasil já mudou – e para melhor – após o fim do governo de destruição de Jair Bolsonaro. E não é só!

Reportagem sobre o País publicada na revista britânica na quarta-feira (2) traz o título “Investidores estão cada vez mais otimistas com a economia brasileira”. A razão, conforme o subtítulo, é que “um ministro das finanças eficiente e o contexto internacional favorável ajudam”.

A tentativa de atribuir o sucesso do terceiro governo Lula especialmente ao ministro Fernando Haddad, da Fazenda, soa forçado. Foi com o mesmo Lula na Presidência que, em 2009, a The Economist soltou a famosa matéria de capa com o Cristo Redentor decolando, como um foguete, do Morro do Corcovado. A manchete – “Brazil takes off” (“O Brasil decola”) exaltava os bons números da economia brasileira em meio à crise global do capitalismo, iniciada em 2007/2008. O ministro da Fazenda, na ocasião, era Guido Mantega.

Catorze anos depois, a revista – que cobriu as sucessivas crises e recessões brasileiras nos anos seguintes – brinca agora com a primeira chamada: “Could it be… taking off?” (“Poderia estar… decolando?”).

Diversas matérias do Vermelho já mostraram que a desconfiança do mercado com a eleição de Lula em 2022 era descabida. Poucos governos expuseram tanto as contas públicas do Brasil quanto o de Jair Bolsonaro, especialmente no último ano de mandato, quando quase quebrou a máquina para tentar a reeleição.

Apesar do caos bolsonarista, a The Economist lembra que o mercado nutria antipatia não pelo ex-presidente, mas pelo atual. “Quando Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil no ano passado, os investidores estremeceram. No entanto, seis meses depois de assumir o cargo, os mercados estão se aquecendo para o governo Lula”, admite a revista.

Parte da euforia se deve, conforme a reportagem, a fatores externos, como o fim de restrições econômicas da China e a Guerra na Ucrânia – dois eventos que tiveram como desdobramentos o aumento das exportações brasileiras. Liberal, a revista também elogia a nefasta política monetária do Banco Central e medidas como o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária.

De acordo com a The Economist, o Brasil pode entrar num ciclo de prosperidade – em uma nova “decolagem” – graças também à possível transformação do País numa potência energética verdade e ao Acordo Mercosul-União Europeia. “O cenário global e os sucessos de Haddad estão aumentando o otimismo dos investidores agora”, resume a revista. “Mas será necessária uma política boa e consistente para reverter a tendência de longo prazo do Brasil.”

* Vermelho

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