O ministro da Justiça e Segurança Pública, FLávio Dino (PSB), em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (24) para dar detalhes sobre a prisão de mais um envolvido no assassinato de Marielle Franco, afirmou ser “indiscutível” ter havido a participação de mais pessoas no crime, informa o 247.
Ele ainda apontou a “forte vinculação” do assassinato com o funcionamento de milícias do Rio de Janeiro. “Sem dúvida há a participação de outras pessoas. Isso é indiscutível. Os fatos até agora revelados as novas provas colhidas indicam isto, indicam uma forte vinculação destes homicídios, especialmente da vereadora Marielle, com a atuação das milícias e do crime organizado no Rio de Janeiro. Então isso é indiscutível. Até onde vai isso é claro que as novas etapas vão revelar. Então Ronnie, Élcio e Maxwell participam de um conjunto. Esse conjunto está relacionado a essas organizações criminosas e milicianas que atuam no Rio de Janeiro infelizmente”. >>> Delação de Élcio Queiroz levou à prisão de ‘Suel’, revela Dino. Foco agora é identificar os mandantes do assassinato de Marielle
Perguntado sobre os termos da delação premiada feita por Élcio Queiroz, que resultou na prisão de Maxwell Simões Corrêa, o ‘Suel’, nesta segunda, Dino informou que as informações estão sob sigilo judicial, mas garantiu que o delator permanecerá preso e em regime fechado.
Dino afirmou que a prisão de Suel coloca fim à fase de investigação sobre a execução do crime. O foco agora, segundo ele, é identificar os mandantes. “Certo é que nas próximas semanas haverá novas operações derivadas deste conjunto de provas colhidas no dia de hoje”, adiantou.