Praça da Sé tem canteiros cercados e concentração de policiais, Cracolândia continua caótica, e problemas sociais assolam o centro de SP.
São Paulo — A Praça da Sé tem hoje mais gente fardada do que cidadãos comuns e virou um quartel, com seus canteiros cercados. Os cachimbos da Cracolândia seguem o fluxo como sempre, com mais de mil usuários de drogas por dia, sem grande oscilação. Enquanto isso, a miséria se espalha e brota em todos os cantos do centro de São Paulo.
São Paulo — A Praça da Sé tem hoje mais gente fardada do que cidadãos comuns e virou um quartel, com seus canteiros cercados. Os cachimbos da Cracolândia seguem o fluxo como sempre, com mais de mil usuários de drogas por dia, sem grande oscilação. Enquanto isso, a miséria se espalha e brota em todos os cantos do centro de São Paulo.
A pandemia acentuou o processo de degradação do centro, que se desenrola há décadas. No pós-Covid, as ruínas ficaram ainda mais evidentes, com comércio de portas fechadas e cenas abertas de conflito extremo, apesar da presença ostensiva de policiais militares (PMs) e guardas-civis metropolitanos (GCMs).
“A Praça da Sé, hoje, é o pátio de um quartel. Tanto que você vê que, diante das escadarias da catedral, tem uma viatura da GCM e outra da PM. Todos os dias”, afirma o padre Júlio Lancellotti. “É um movimento de limpeza da região central para dar a impressão de que está tudo equacionado, mas não está”, frisa. Mais do que questões estéticas, o padre diz que é preciso restaurar, primeiro, a vida das pessoas.