O grupo que interrompeu o evento somava mais de 2 mil pessoas, entre fundamentalistas religiosos e militantes da extrema-direita.
A Parada do Orgulho LGBT+ de Tbilisi, capital da Geórgia —país da Europa Oriental que fez parte da União Soviética —, foi encerrada após um grupo de extrema-direita com mais de 2 mil pessoas interromper o evento, na tarde de sábado (8/7). Os extremistas destruíram e queimaram bandeiras de arco-íris, cartazes e a estrutura montada para a celebração.
Os reacionários carregavam bandeiras da Geórgia, símbolos conservadores e imagens religiosas. Os organizadores da Parada do Orgulho acusam as autoridades do país de conspirar contra o evento, devido ao pouco policiamento disponibilizado para fazer a segurança — o que facilitou a atuação do grupo de extrema-direita.
Mariam Kvaratskhelia, co-diretora da Parada, publicou nas redes sociais que grupos de extrema-direita estavam incitando publicamente atos violentos contra ativistas LGBT+ nos dias antecedentes ao evento. Ela disse que a Parada do Orgulho só não terminou em uma tragédia ainda pior porque eles perceberam a chegada dos extremistas e os participantes do evento se esconderam em ônibus e lugares privados.
A página oficial da Parada chamou os extremistas de “grupo de radicais violentos de Putin”, e disse que após a destruição o grupo não foi detido pela policia. “Em vez disso, eles continuaram a festejar no recinto do festival, com champanhe”.
Veja vídeo da destruição:
Crowds in Georgia destroy and burn the structure that was supposed to host Gay Pride in Tbilisi. Event cancelled. pic.twitter.com/UKPSZkp8NH
— RadioGenova (@RadioGenova) July 9, 2023
A large group of protesters, numbering several thousand people, broke through the police lines protecting the Gay Pride Parade in Tbilisi, Georgia yesterday.
The event had to be cancelled due to the unrest. pic.twitter.com/RiuwbLj4HH
— Visegrád 24 (@visegrad24) July 9, 2023
*Com Correio Braziliense