Os desvarios na cultura corporativa não encontram ninguém para dar fim a essas porralouquices

Os desvarios na cultura corporativa não encontram ninguém para dar fim a essas porralouquices

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“A função da cultura é ser cultura e não salvar o mundo. A função de um Ministério da Cultura é mobilizar seres humanos e mantê-los mobilizados. De que forma? Garantindo e dando subsídios ao povo para expressar-se, manifestar-se através de sua arte e de seus saberes. Se a cultura educa, se ela serve ao social, isso vem no lucro. A função essencial da cultura é manter-nos vivos, pensantes e humanizados. A junção de cultura e mercado é um movimento que não foi gerado pelo povo, mas por uma pequeníssima porção da sociedade que detém o controle da economia. O movimento que nós, povo, temos feito, é de frear esse movimento frenético iniciado pela indústria cultural.” (Aressa Rios)

Se tem um ambiente para se exercitar os despropósitos mais alucinados, esse ambiente é o da cultura institucionalizada.

Pior, ninguém da esquerda abre a boca para delatar esse charlatanismo do chamado 3º setor.

A primeira aberração é a de que a cultura salva crianças. Não há sequer um gráfico, mesmo que precário, que afirme tal alucinação.

A segunda, e não menos fantasiosa afirmação, é a que o futuro do artista é ser um gestor de seu próprio negócio. Que negócio? Os artistas são artistas, não são microempreendedores. Mas os coachs da cultura corporativa, colocam minhoca podre na cabeça de todo mundo e o artista se cobra a condição de que ele está sendo induzido sem a menor chance de sobreviver nessa selva de insanidades.

A fabulação segue os mesmos princípios do motorista de Uber, só que mil vezes pior. O sonho de ter o seu próprio negócio, antes não passado pela cabeça do artista, passa a ser mais que considerado, mas a fazer parte de sua imaginação.

Para tanto, basta que ele aprenda a técnica de produção de projetos, leis, editais e outras invenções tecnocratas, que não passam de mentira calibrada com os maiores desatinos, que ele passa a acreditar piamente.

Pronto, a extravagância já encontrou uma potencial vítima do contrassenso que não há cristo que enfie da cabeça do sujeito que ele está comprando um engodo, uma ficção, um absurdo sem a menor chance de ser uma lenda que lhe custará muito mais caro do que ele imagina.

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