Defesa de Lula e Tacla Duran já haviam questionado os tais arquivos, possivelmente manipulados.
A Justiça Federal no Paraná autorizou um pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) para apagar arquivos com dados de servidores clandestinos que guardavam informações sobre os pagamentos de propinas feitos pela Odebrecht, diz o GGN.
A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (18), pelo jornalista Jamil Chade, que teve acesso a documentos sigilosos, que apontam a destruição.
Conforme a reportagem, os arquivos dos sistemas Drousys e Mywebday eram as principais peças de acusações do MPF contra diversos políticos, além de serem usados como base para inúmeros processos.
Para ocultar o esquema de pagamentos de propina ao redor do mundo, a Odebrecht criou um departamento dedicado a essa função. O servidor do sistema de informática paralelo ficava na Suíça, para evitar o alcance de possíveis operações policiais brasileiras. “Os dados traziam listas de propinas e doações eleitorais irregulares pagas pela empresa a diversos políticos”, afirmou o colunista.
O acesso a esse servidor fez parte do acordo de leniência do Grupo Odebrecht, homologado em 2017. Com isso, foi disponibilizado à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma cópia dos sistemas que armazenavam a contabilidade paralela.
No final de 2017, também foi autorizada a realização de uma cópia dos sistemas pela Polícia Federal (PF), que ficou com a Superintendência da corporação em Curitiba. Em 2018, ainda foi autorizada outra cópia dos sistemas que foi disponibilizada ao MPF.