Vídeo: Alexandre de Moraes e Nunes Marques divergem em sessão do TSE

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, teve uma discussão com o ministro Nunes Marques durante uma sessão da Corte nesta quinta-feira. A divergência entre os dois envolveu a investigação do assassinato de Celso Daniel, então prefeito de Santo André (SP), ocorrido em 2002, segundo o Agenda do Poder.

O tribunal decidiu multar os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por vincularem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao caso. A maioria dos ministros considerou que a alegação é falsa porque a investigação do caso já foi concluída.

Em seu voto, no entanto, Nunes Marques disse acreditar que “à época dessas declarações ainda havia inquérito em tramitação sobre o assunto”. Moraes, neste momento, fez uma interrupção:

— Não, não. Já havia sido encerrado há alguns anos, já. Eu inclusive, à época, era secretário de Justiça. Foi lá atrás.

Nunes Marques insistiu que haveria uma investigação no STF:

— Existe inquérito em Minas e São Paulo, ainda, da relatoria do ministro Celso de Mello, do qual eu sucedi. Por isso que eu indicio que ainda esse assunto…

Moraes, novamente, afirmou que a investigação foi encerrada quando era secretário de Segurança em São Paulo:

— Desculpe, ministro Kassio, isso já está encerrado em São Paulo. Até porque não há ninguém com foro privilegiado em relação ao assassinato, ao ocorrido em Santo André. Não consta que nenhum deputado ou senador tenha participado.

Nunes Marques, então, explicou que não estava falando sobre a investigação do assassinato em si de Celso Daniel, mas de supostas ligações de um partido com o crime organizado.

— Não me reporto ao assassinato em si. E sim aspectos que dizem respeito à relação do partido com o crime organizado. E isso ainda, à época, havia tramitação. E eu me recordo porque eu herdei esse processo, ainda da relatoria do ministro Celso de Mello. Mas é especificamente em relação ao assassinato, não é isso que eu me refiro.

 

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