PF identifica esquema para pagar as despesas de Michelle Bolsonaro e parentes

PF identifica esquema para pagar as despesas de Michelle Bolsonaro e parentes

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Além de depósitos em dinheiro vivo na conta da ex-primeira-dama, assessores pagaram boletos de plano de saúde de irmão e tia de Michelle.

Um relatório da Polícia Federal apontou um suposto desvio de recursos envolvendo a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid e assessoras, segundo o GGN.

Para dificultar a identificação de quem enviou o dinheiro e, consequentemente, despistar possíveis investigações, Mauro Cid orientava as assessoras de Michele para que todos os pagamentos de despesas e depósitos fossem feitos de forma fracionada e em dinheiro vivo.

Após a operação, as assessoras tinham de enviar os comprovantes de pagamento em aplicativos de mensagens.

Os depósitos

Entre março e maio de 2021, Mauro Cid fez seis depósitos para Michelle, com valor total de R$ 8,6 mil. No mesmo período, Maria Helena Braga, casada com um tio da ex-primeira-dama, recebeu R$ 8.520, valor dividido também em seis vezes.

Os ajudantes de ordens da Presidência da República pagaram ainda um boleto de despesa médica de Maria Helena, no valor de R$ 950,27. Yuri Daniel Ferreira Lima, irmão de Michelle, teve boletos de plano de saúde pagos pelo esquema, um deles no valor de R$ 585.

Mauro Cid, mais uma vez, entra em ação para orientar os assessores.

“Não tem como mandar esse tipo de boleto. Quando for assim, me manda só o pedido do dinheiro e vocês pagam por aí, porque isso não é gasto do presidente. Nem da dona Michelle! É, deve ser de um terceiro que ela está pagando aí, a conta desse terceiro aí!”

Mauro Cid, em transcrição feita pela Polícia FederalApesar de a denúncia vir à tona agora, a suspeita de envolvimento da esposa de Jair Bolsonaro em esquemas de corrupção não é recente. Enquanto o relatório da PF enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF informa haver indícios de desvio de dinheiro público, mas sem precisar o montante, em 2022 o ministro do STF, Alexandre de Moraes, já tinha autorizado a quebra de sigilo fiscal de pessoas próximas à Michelle para verificar possíveis irregularidades.

 

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