Tic-tac: Enfermeira confessa ter emprestado senhas para apagar cartão de vacina de Bolsonaro

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Servidora afirmou que foi encorajada por chefe a dar senhas para secretário de governo de Duque de Caxias.

A enfermeira Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva depôs à Polícia Federal sobre o caso da falsificação do cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, diz a Forum.

Em seu depoimento, a servidora da saúde de Duque de Caxias (RJ), afirma que passou a senha para acesso ao sistema para o então secretário de governo do município, João Carlos de Sousa Brecha.

Ela cedeu a senha, segundo a PF, após sua supervisora a pressioná-la a fazê-lo. Ela também afirma não conhecer Brecha. Segundo o documento, foi com o acesso de Cláudia que ele conseguiu inserir, em 22 de dezembro do ano passado, os registros de vacina de Bolsonaro do sistema. Cinco dias depois, eles foram excluídos do registro, sob alegação de erro.

As informações fazem parte da Operação Venire, que investiga a invasão aos sistemas de saúde para alteração de dados vacinais de Jair Bolsonaro, Laura Bolsonaro, Mauro Cid e alguns outros familiares de palacianos durante o último governo.

Brecha teria afirmado que o Secretário não teria informado nada sobre o uso das senhas, para não “envolvê-la em problemas, uma vez que se tratavam de pessoas relevantes e conhecidas”.

A operação Venire prendeu diversas pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro por conta da falsificação, incluindo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Luis Marcos dos Reis, suspeito de operar rachadinhas para Michelle Bolsonaro e Ailton Barros, ex-major do exército e golpista amigo de Bolsonaro.

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