Rose Meire dos Santos Silva é a mulher que subiu ao palco hoje em Salvador (BA) com uma reivindicação para o presidente Lula (PT). Ela é líder do Quilombo Rio dos Macacos.
Na plateia, Rose Meire chamou a atenção do presidente ao pedir para entregar um documento a Lula, que ele assinou e deu como recebido: “A comunidade Quilombolo Rio dos Macacos atualmente vem enfrentando diversas dificuldades, como a falta de políticas públicas: saneamento básico, estrada, moradia, educação, iluminação públicas, e água encanada/potável”, diz o documento.
Violência, estupros e torturas também foram denunciados no documento assinado por Lula. As estradas foram abordadas, já que a falta delas dificulta a ida à escola e o acesso à saúde: “O governo estadual deu início a obras através de uma empresa terceira que está muito lenta, ocorre diversos atrasos se coisas mal feitas”.
Segundo a Fiocruz, o território é “ocupado há mais de 200 anos por cerca de 450 famílias” e fica no limite entre Simões Filho e Salvador.
A fundação ainda informou que há um conflito entre o quilombo e a Marinha, que começou na década de 1960 com a doação de terras públicas pela Prefeitura de Salvador para a construção de uma base naval.
Em 2014, Rose Meire falou sobre a situação na Comissão Estadual da Verdade na Bahia, onde contou que o sobrinho teria sido espancado, vítima de violência policial, após acusarem o jovem de cometer um assalto. “O militar disse que ia levar [para a delegacia], se não iam matá-lo. Falaram que era para levar e dar fim”.
Sem terra demarcada e falta de assistência social, o quilombo também sofre questões de saúde, educação, cultivo e pesca.
*Com Uol