Enquanto governadores querem privatizar, dados mostram que privatizações não salvam a economia do Brasil

Enquanto governadores querem privatizar, dados mostram que privatizações não salvam a economia do Brasil

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Vender estatais não fez com que o desempenho do PIB brasileiro superasse a média mundial nos últimos 30 anos.

Logo nos primeiros dias do terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que não irá vender empresas públicas nos próximos quatro anos. Os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), que seriam vendidas na gestão passada, saíram da lista do Programa Nacional de Desestatização (PND).

A política de Lula, no entanto, não é seguida por sete governadores estaduais, que já manifestaram a intenção de conceder a operação das estatais à iniciativa privada.

Logo nos primeiros dias do terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que não irá vender empresas públicas nos próximos quatro anos. Os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), que seriam vendidas na gestão passada, saíram da lista do Programa Nacional de Desestatização (PND).

A política de Lula, no entanto, não é seguida por sete governadores estaduais, que já manifestaram a intenção de conceder a operação das estatais à iniciativa privada.

Desempenho ruim

Mas a ode midiática em prol do Estado Mínimo, na prática, não se prova quando analisados o desempenho econômico do País, independente da ideologia do governo.

Especialista em energia e diretor do Instituto Ilumina, Roberto D’Araújo fez um levantamento em que relaciona as concessões feitas em cada governo desde o governo Collor e qual foi o crescimento econômico do País em comparação com a média global.

Entre 1990-1992, a gestão de Fernando Color promoveu a privatização de empresas nas áreas siderúrgica, petroquímica e de fertilizantes, entre elas Usiminas, Copesul e Fosfertil. Mas em vez de aumento, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 3,7%, enquanto a média mundial fechou em alta de 4,7%.

Nos dois anos seguintes, sob a gestão de Itamar Franco, o País vendeu a Embraer e a Companhia Siderúrgica Nacional. O saldo da economia até foi positivo (6,14% de crescimento em relação a 1990), mas inferior o desempenho médio dos demais países: 12,5%.

Fernando Henrique, Lula e Dilma

Ao longo de oito anos (1994-2002), o Brasil viveu o período de maior privatização da história. Neste intervalo foram concedidas 80 empresas de diversos setores, entre elas a Vale, Telebras, Embratel e bancos. Ao longo deste período, o PIB brasileiro aumentou em 20%, mas a média dos demais países ficou em 32%.

O levantamento de Araújo constata que os governos Lula 1 e 2 (2003-2010) registraram o maior crescimento econômico de toda a série histórica: o PIB cresceu 43% nestes oito anos, enquanto a média mundial ficou em 34%. Sob a gestão de Lula, em vez de privatizações, o governo adotou o modelo de concessões de usinas, rodovias e aeroportos.

A gestão de Dilma Rousseff (2011-2016) deu continuidade à estratégia de lula e manteve a política de concessões do transporte rodoviário, linhas de transmissão e aeroportos, além da privatização da IRB-Brasil Resseguros. Nos seis anos de governo o PIB brasileiro não cresceu, ao contrário do mundo, que teve alta de 25%.

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