Jornalista judeu criticou o silêncio das entidades judaicas após o gesto nazista do bilionário;
Breno Altman usou as redes sociais nesta terça-feira (21) para criticar o silêncio generalizado de entidades judaicas, que se recusaram a condenar de maneira enfática o gesto nazista feito pelo bilionário de extrema-direita Elon Musk durante um evento realizado após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Nesta segunda-feira, ao discursar, Musk bateu com a mão direita sobre o coração, com os dedos bem abertos, depois estendeu o braço direito para fora, enfaticamente, em um ângulo ascendente, com a palma para baixo e os dedos juntos. Em seguida, ele se virou e fez o mesmo gesto com a mão para a multidão atrás dele. Musk foi acusado de promover o nazismo, mas algumas entidades judaicas, como a Liga Anti-Difamação, discordou. Ele rejeitou as críticas ao gesto com a mão como um ataque “desgastado”.
Segundo Altman, o silêncio das entidades sionistas evidencia o que ele chama de “confluências” com a ideologia nazista. Para ele, judaísmo e nazismo não são necessariamente opostos, mas compartilham, na sua visão, o objetivo de estabelecer um Estado baseado em princípios racistas.
Disse Altman
“O silêncio de entidades sionistas acerca da saudação hitleriana de Elon Musk simboliza confluência entre nazismo e sionismo. Essas doutrinas nunca foram efetivamente contrapostas. Sionismo não é sobre enfrentar nazismo ou antissemitismo, mas sobre criar um Estado racista judaico”, escreveu Altman na plataforma X.”
Após tomar posse, Trump assinou um decreto para criar um grupo consultivo chamado Departamento de Eficiência Governamental com o objetivo de realizar cortes drásticos no governo dos EUA, atraindo ações judiciais imediatas que contestam suas operações.
O grupo — apelidado de “DOGE” — está sendo dirigido por Elon Musk e tem metas grandiosas de eliminar agências federais inteiras e cortar três quartos dos empregos do governo federal.