BRICS se consolida como força significativa no cenário global, evidenciada pelo crescente interesse de países não ocidentais em ingressar no grupo.
Durante uma reunião paralela à cúpula do BRICS em Kazan, Rússia, realizada em outubro, os presidentes Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia, reafirmaram o crescente alinhamento entre os dois países.
Em entrevista à agência Sputnik, Adriel Kasonta, analista de relações internacionais baseado em Londres e ex-presidente do Comitê de Assuntos Internacionais do think tank Bow Group, afirmou que ambos os líderes podem ser lembrados como “os arquitetos de uma nova arquitetura financeira internacional”. De acordo com Kasonta, a Rússia tem desempenhado um papel central no desenvolvimento do BRICS, sendo uma força motriz na coalizão que reúne potências emergentes.
A relevância global do BRICS – O BRICS se consolidou como uma força significativa no cenário global, evidenciada pelo crescente interesse de países não ocidentais em ingressar no grupo. Kasonta destacou que a inclusão promovida pelo BRICS contrasta com a exclusividade característica de instituições neoliberais ocidentais.
“O projeto do BRICS oferece uma oportunidade renovada para que países anteriormente colonizados definam seu futuro econômico sem continuarem a ser explorados por antigas potências coloniais”, afirmou o analista.
Expansão e novos membros – Em 2024, o BRICS expandiu sua composição, que originalmente contava com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, para incluir Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. A cúpula realizada em Kazan definiu critérios para novos membros e anunciou planos para ampliar o papel do Banco de Desenvolvimento do BRICS, reforçando a importância da coalizão na governança global.