Último grande hospital operacional em Gaza para de funcionar após ataque israelense, denuncia OMS

Último grande hospital operacional em Gaza para de funcionar após ataque israelense, denuncia OMS

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (27/12) que o hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, está “fora de serviço” após um ataque do Exército israelense contra combatentes do Hamas. Segundo o movimento palestino, o estabelecimento foi invadido.

“O ataque pela manhã no hospital Kamal Adwan fez com que o último grande centro de saúde no norte de Gaza parasse de funcionar”, denunciou a OMS no X. “Informações preliminares indicam que serviços essenciais foram incendiados e destruídos durante o ataque. 60 membros da equipe de saúde e 25 pacientes estão em estado crítico”, acrescentou a organização internacional, com sede em Genebra.

O Exército israelense anunciou o lançamento, na sexta-feira, de uma operação contra combatentes do Hamas perto do hospital, que desempenha um papel essencial no atendimento à população. A Faixa de Gaza está devastada após 14 meses de guerra de Israel contra o Hamas.

Na véspera do ataque ao estabelecimento, o diretor do hospital, Dr. Hossam Abou Safiya, já havia anunciado a morte de cinco membros da equipe em um ataque israelense.

“Reduto do Hamas”
Com base em informações dos serviços de inteligência, as forças israelenses realizaram uma operação nas proximidades do hospital, segundo o Exército.

Desde 6 de outubro, Israel intensificou sua ofensiva terrestre e aérea no norte da Faixa de Gaza para impedir, segundo o Exército, a reorganização do Hamas.

Antes de lançar a operação perto do hospital, o Exército israelense declarou que suas tropas haviam “facilitado a retirada segura de civis, pacientes e pessoal médico” da instalação.

No entanto, segundo o Hamas, “o Exército ‘da ocupação’ invadiu o hospital Kamal Adwan, forçando as equipes médicas, os pacientes, feridos e deslocados a evacuar”. O Hamas acusou em um comunicado as forças israelenses de “detenções das pessoas retiradas”.

“Deslocamento forçado”
“O Hamas responsabiliza totalmente ‘os ocupantes’ pela vida dos pacientes, feridos e dos profissionais da saúde, que foram detidos e levados para um local desconhecido”, acrescentou o movimento. Segundo o Hamas, a comunicação foi cortada no enclave.

*Opera Mundi

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