General Igor Kirillov morreu após uma explosão na capital russa; Ucrânia assumiu responsabilidade pelo ataque
O governo russo informou nesta quarta-feira (18/12) que prendeu o responsável pela morte do chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, o tenente-general Igor Kirillov.
Trata-se de um cidadão do Uzbequistão, de 29 anos, que confessou ter instalado e detonado o explosivo que matou o Kirillov e seu assistente.
A bomba foi colocada em um patinete elétrico estacionado diante do edifício residencial onde o tenente-general morava.
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) assumiu a responsabilidade pelo atentado, o que foi confirmado pelo suspeito.
Ele disse que os agentes ucranianos lhe ofereceram 100 mil dólares e residência em um país europeu. No dia anterior (16/12), o SBU havia emitido mandado de prisão para Kirillov por supostos crimes de guerra.
Segundo os investigadores russos, o suspeito explicou que alugou um veículo e instalou nele uma câmera wifi para observar quando o general sairia do edifício.
Os organizadores do atentado acompanharam as imagens desde a cidade ucraniana de Dnepropetrovsk e, à distância, detonaram os explosivos no momento exato.
Os responsáveis pela investigação na Rússia disseram que estavam buscando outros envolvidos, e o jornal Kommersant informou que havia ao menos outro detido.
Outros atentados
O general é o russo de mais alta patente assassinada pelo SBU longe do front desde o início da guerra.
Moscou atribui à Ucrânia também a morte de Darya Dugina, filha de um ideólogo nacionalista russo, do blogueiro pró-guerra Vladlen Tatarsky e de um comandante de submarino russo.
Os Estados Unidos e Reino Unido acusam Kirillov de ser parcialmente responsável pelo suposto uso de armas químicas contra as tropas ucranianas.
Ambos os países chegam a mencionar o uso de cloropicrina, outro agente tóxico. O uso de ambos está proibido no campo de batalha.