Em ligação com chanceler alemão Olaf Scholz, presidente russo apontou que ‘nunca recusou negociações’, mas que foram ‘interrompidas’ por Kiev.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizou uma conversa telefônica com o chanceler alemão Olaf Scholz nesta sexta-feira (15/11), durante a qual declarou que seu governo está aberto a negociações para resolver o conflito na Ucrânia. No entanto, de acordo com o Kremlin, o mandatário ressaltou que qualquer acordo de paz deveria abordar os interesses de segurança de Moscou e se basear em “novas realidades territoriais”.
“Quanto às perspectivas de uma solução política e diplomática do conflito, o presidente russo observou que o lado russo nunca recusou e permanece aberto à retomada das negociações que foram interrompidas pelo regime de Kiev”, apontou o Kremlin, destacando que as propostas da Rússia “são bem conhecidas e foram delineadas, em particular, em um discurso de junho no Ministério das Relações Exteriores da Rússia.”
Em junho, Putin realizou uma reunião com a liderança da chancelaria russa. Na ocasião, listou as condições para negociações com a Ucrânia, que incluíram a retirada das tropas ucranianas das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, das regiões de Zaporozhye e Kherson, o compromisso da Ucrânia de adotar um status não alinhado, a desnazificação e desmilitarização do país, e o levantamento de todas as sanções ocidentais.
Segundo a agência russa de notícias TASS, o líder do Kremlin insistiu que todas essas condições deveriam ser consagradas em acordos internacionais fundamentais.