Ela exigiu que retirassem os ‘pretos imundos dali’; ato gerou forte reação, incluindo uma declaração de repúdio do presidente de Portugal.
Adélia Barros, de 59 anos, foi condenada em Portugal a oito meses de prisão por ato de racismo contra os filhos dos atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, Titi e Bless. A pena foi suspensa, o que significa que ela cumprirá em liberdade, desde que não cometa o mesmo crime nos próximos quatro anos. Além disso, Barros foi multada em € 2,5 mil (cerca de R$ 15 mil) a ser destinada à organização SOS Racismo e deverá pagar uma indenização de € 14 mil (aproximadamente R$ 86,5 mil) às crianças.
O caso ocorreu em agosto de 2022, em um bar na praia da Costa da Caparica, em Lisboa, quando Barros foi filmada proferindo ofensas racistas contra as crianças e um grupo de angolanos. Ela exigiu que retirassem os “pretos imundos dali”. O ato gerou forte reação, incluindo uma declaração de repúdio do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que condenou veementemente o racismo.
A procuradora responsável pelo caso destacou que Barros perdeu uma oportunidade de se retratar, agravando sua posição. A sentença é um marco simbólico na luta contra o racismo em Portugal.
— Todo ato de racismo ou xenofobia é condenável e intolerável. Isso é o básico em uma democracia. É inadmissível — disse o chefe de Estado.
Os atores brasileiros chamaram os policiais, que levaram a mulher para a delegacia. Antes, Ewbank confrontou a agressora.