“O Trump que tomará posse em 20 de janeiro de 2025, oito anos após janeiro de 2017, não é mais – por certo – o mesmo Trump daquela época..
Mas, há outra característica ainda. Ele rompe normas e exigências para a ocupação de vários cargos e funções, indicando pessoas que não possuem qualificações para exercerem as funções. Mas, como o presidente pode tudo nos EUA, isso provavelmente será superado.
Eu não inclui nessa lista Suzie Wiles, que foi a primeira indicação e a primeira mulher que vai ser chefe de gabinete. Ela foi muito discreta como coordenadora geral de campanha. Ela não tem um perfil político. Eu conheço muito esse tipo de perfil de profissional, é aquela que coordena as equipes e que sabe de tudo o que se passa nas campanhas.
Por fim, não poderia deixar de comentar dois aspectos. A idade média dessas indicações é de apenas 53 anos. Quase não há “cabelos brancos” na equipe. E o segundo aspecto, é que entre 16 indicados, tem-se a presença de quatro mulheres, ou 25%. Pode não ser um índice alto, mas para alguém tipo como misógino é relativamente alto, levando-se em conta que a chefe de gabinete da Casa Branca, Suzy Wiles, será pela primeira vez uma mulher.
O indicado para secretário de Estado, que é o chefe da Diplomacia, é Marco Rubio que é senador Republicano pela Flórida desde 2011. Portanto ele está no senado há 13 anos. Lembrando que o mandato de senador nos EUA é de quatro anos e assim, ele ainda teria mais um ano ainda como parlamentar em seu terceiro mandato como senador.
Ele tem 53 anos, é filho e neto de famílias contrarrevolucionárias, aquelas que lutaram contra a revolução em Cuba, capitaneada por Fidel Castro, Camilo Cienfuegos, Che Guevara, Raul Castro e tantos outros. Quem nasce em Cuba e mora na Flórida são chamados de “gusanos”.
Rúbio é bacharel em Ciência Política e advogado. Ele foi deputado estadual. É católico de extrema-direita, contra o aborto e sionista-cristão. O que ele vai propor para a América Latina? Ele vai, provavelmente, oferecer para Trump arrochar ainda mais Cuba, arrochar ainda mais a Venezuela, e, onde for possível, dar golpes na América Latina. É o que eu acho que ele vai recomendar.
*Lejeune Mirhan/247