“Não vamos pedir cessar-fogo, não importa quanto tempo dure a guerra”, diz novo líder do Hezbollah

“Não vamos pedir cessar-fogo, não importa quanto tempo dure a guerra”, diz novo líder do Hezbollah

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Naim Qassem indicou que o Hezbollah só consideraria um cessar-fogo caso Israel o solicitasse formalmente, porém, apenas sob os termos do movimento libanês.

Em seu primeiro discurso público como novo secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem declarou que o movimento libanês não pedirá um cessar-fogo na luta contra Israel, reafirmando o compromisso de “resistir pelo tempo que for necessário”. A declaração de Qassem reforça a postura do Hezbollah em meio ao conflito intensificado com Israel, que, desde o início de outubro, realiza operações terrestres e bombardeios aéreos no sul do Líbano.

Durante o discurso, Qassem indicou que o Hezbollah só consideraria um cessar-fogo caso Israel o solicitasse formalmente, porém, apenas sob os termos do movimento libanês. “Não vamos pedir um cessar-fogo, não importa quanto tempo dure a guerra”, afirmou o líder. Ele também exortou o comando israelense a retirar suas forças do Líbano para evitar mais perdas entre seus soldados. “Caso contrário, o número de mortos e feridos continuará a aumentar”, acrescentou.

Qassem garantiu que o Hezbollah dispõe de comandantes experientes para manter a liderança em campo e afirmou que a organização conta com um número significativo de combatentes treinados e preparados para sustentar a luta. Segundo ele, esses combatentes estão prontos para combater as forças israelenses no território libanês e para executar ataques em Israel, desafiando a supremacia aérea do país vizinho.

Além do Líbano, Qassem reiterou o apoio contínuo do Hezbollah à Faixa de Gaza, em alinhamento com outros movimentos de resistência contra o que chamou de “ameaça israelense à região”. “A guerra atual é um projeto significativo e não se limita ao Líbano ou à Gaza. Ela visa à eliminação completa da resistência em toda a região”, declarou.

Desde o início da ofensiva israelense em outubro, as ações militares resultaram em milhares de mortes, incluindo líderes do Hezbollah, e forçaram mais de um milhão de pessoas a abandonarem suas casas, agravando a crise humanitária no Líbano. Apesar das perdas significativas, o Hezbollah tem mantido ataques com foguetes em território israelense, sinalizando a continuidade da resistência mesmo diante da escalada militar.

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