Em um incidente chocante ocorrido em outubro de 2021 e que veio à tona recentemente, Thomas, um suposto doador de órgãos, foi erroneamente declarado morto e quase teve seus órgãos removidos enquanto ainda estava vivo.
O caso, que ocorreu nos Estados Unidos e continua sob investigação, revelou falhas profundas nos procedimentos de transplante.
Segundo relatos de ex-funcionários do hospital e da irmã de Thomas, obtidos pelo jornal Daily Mail, durante a preparação para a cirurgia de remoção dos órgãos, Thomas começou a se mover e apresentou sinais visíveis de choro, o que indicou aos cirurgiões que ele ainda estava vivo.
A cirurgia foi imediatamente cancelada, mas o erro já havia causado um trauma significativo tanto para o paciente quanto para a equipe envolvida.
Natasha Miller, uma ex-funcionária do hospital, detalhou como a equipe percebeu que Thomas ainda estava vivo.
“Esse é o pior pesadelo de todo mundo, estar vivo durante uma cirurgia e saber que alguém vai te abrir e tirar partes do seu corpo?”, disse Nyckoletta Martin, outra ex-funcionária que também testemunhou o evento.
O incidente levou a uma onda de demissões no hospital, com vários funcionários afetados psicologicamente, buscando terapia para lidar com o trauma.
O caso está sendo investigado tanto pelo Procurador-Geral do Kentucky quanto pela Administração de Recursos de Serviços de Saúde dos EUA.
Donna Rhorer, irmã de Thomas, relatou que desde o incidente, ele sofre de várias sequelas, incluindo problemas de memória, dificuldades de locomoção e fala, o que a levou a se tornar sua tutora legal. “Eu realmente estou com raiva”, disse ela, expressando seu descontentamento com o ocorrido.
Julie Bergen, presidente e diretora de operações da organização responsável pelo transplante, defendeu a instituição, afirmando que o incidente foi um erro raro e que “não recupera órgãos de pacientes vivos e nunca pressionou os membros de sua equipe a fazer isso”.
Robert Truog, professor de ética médica, anestesia e pediatria na Escola Médica de Harvard, ecoou esse sentimento, enfatizando que tais incidentes são exceções e que há um esforço contínuo para evitar que se repitam.
O caso de Thomas levanta questões sérias sobre os protocolos de transplante e a necessidade de revisões rigorosas nos procedimentos médicos para garantir a segurança e o respeito pela vida dos pacientes.
*Com informações do Daily Mail