As muitas armas da extrema-direita

As muitas armas da extrema-direita

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‘A saúde e a educação públicas vêm sendo entregues a empresas numa privatização perigosa e nada eficiente’, escreve o colunista Florestan Fernandes Jr.

Governar o país depois da terra arrasada deixada pela dupla Temer/Bolsonaro não tem sido uma tarefa fácil. Que o diga o presidente Lula, forçado a empenhar toda a sua expertise política e liderança para avançar em pautas importantes para o desenvolvimento do país. Não tem sido fácil para o presidente negociar com um Congresso hostil, uma Justiça titubeante e em meio a toda sorte de pressões de grupos políticos que vão desde o agronegócio, bancada da bala, até as igrejas dos chamados mercadores da fé.

Não à toa, é nas políticas públicas voltadas para as áreas de educação e segurança pública que se observa maior dificuldade de implementação nas esferas estadual e municipal.

Imenso desafio tem sido desfazer as políticas negacionistas e armamentistas implementadas por governantes belicistas. A liberação irresponsável e indiscriminada da comercialização de armas e munições durante a presidência de Jair Bolsonaro continua fazendo vítimas fatais, dia sim e dia também.

Nos quatro anos de desgoverno, foram vendidos aos civis mais de 904 mil armas de fogo, que ainda fulminam a vida de inocentes. Nos últimos anos, inúmeros são os casos de pessoas assassinadas pelos tais CACs, (colecionador, atirador desportivo e caçador). Estes, ao que parece, têm “confundido” o objeto da caça. Caça-se gente, preferencialmente mulheres e pretos. Não faltam notícias de massacres na imprensa diária.

*Florestan Fernandes Jr/247

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