O BRICS – grupo de países emergentes que inclui China, Brasil e Índia – decidiu acelerar seu processo de expansão e incluiu países como Cuba e Vietnã na lista prévia de “Estados Parceiros”.
Ao fim da cúpula em Kazan, na Rússia, nesta quarta-feira, 23, o grupo divulgou a lista de países convidados a participarem como membros associados. A lista inclui Argélia, Belarus, Cuba, Bolívia, Indonésia, Malásia, Turquia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã, Nigéria e Uganda.
Esses países terão acesso às reuniões futuras do BRICS, mas sem poder de veto. Pela primeira vez, o bloco dividirá os países entre membros permanentes e nações associadas.
Há divergências sobre a possibilidade de entrada da Turquia, Indonésia. No caso da Turquia, devido a sua posição no cenário internacional – sendo que este seria o primeiro país da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a integrar o Brics – a classificação de “Estado Parceiro” incomoda, na avaliação de Ancara. Em relação à Indonésia, o país já havia sido convidado no ano passado a ser um “Estado Pleno”.
Na cúpula do ano passado, a Argentina recebeu um convite, mas o governo de Javier Milei abandonou o processo quando chegou à Casa Rosada. Situação parecida com a da Arábia Saudita, que tem cozinhado em banho-maria o processo de adesão ao bloco desde o ano passado.
Ainda na reunião desta quarta-feira, os integrantes do bloco demonstraram uma defesa generalizada de um novo sistema alternativo de pagamentos internacionais, em substituição ao Swift — sistema que comanda as transações internacionais atualmente.