Donald Trump está nas telas dos cinemas brasileiros a partir dessa quinta-feira (17). Com o filme “O Aprendiz”, a saga do ex-presidente é narrada em tons de vilania enquanto este é um jovem empresário nas décadas de 70 e 80. O filme foi exibido em maio em Cannes e é veiculado nos cinemas dos EUA desde 11 de outubro.
Ao contrário do que pode parecer, uma propaganda gratuita às vésperas de eleição, o filme biográfico traça as origens nebulosas do magnata, interpretado por Sebastian Stan, que agora quer voltar para a Casa Branca. Somente pelo trailer já é possível ver como a personalidade de Trump foi moldada: “não admita nada, negue tudo”, “não importa o que aconteça, reivindique a vitória e nunca admita a derrota”.
Estas são frases ilustrativas de como o caráter dele sofreu a influência do advogado Roy Cohn, interpretado por Jeremy Strong , no começo da construção de seu império imobiliário.
Provocativo, o nome do filme já é uma sátira visto que Trump apresentou o reality show “O Aprendiz” em busca de jovens executivos. No Brasil o programa teve formato apresentado por figuras como Roberto Justus e João Dória.
Ao longo do filme dirigido por Ali Abbasi, o Trump do cinema alterna entre ser pedante e réu confesso. Também é mostrada uma cena de abuso que envolve sua ex-esposa, Ivana Trump.
A situação não só desagradou seus apoiadores, como o próprio ‘protagonista’. Nas suas redes sociais, na Truth Social, pertencente a Trump Media & Technology Group , o magnata manifestou sua insatisfação com a narrativa.
Trump disse que a produção é “falsa” e “sem classe”. Disse também que é “difamatório e politicamente repugnante, feito logo antes da eleição presidencial de 2024, para tentar prejudicar o maior movimento político da história do nosso país”. Também levantou dúvidas se poderiam utilizar o nome que dá título ao filme.
Ele já ameaçou processar a produção por meio de seus advogados.
Confira o trailer:
Em tempo: a eleição oficial ocorre nos EUA em 5 de novembro, mas alguns estados já iniciaram a votação.