Em um movimento inesperado na manhã desta quinta-feira (17), o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), desistiu em cima da hora de participar do debate organizado pela Folha/UOL/RedeTV!.
Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário no segundo turno, não poupou críticas, acusando Nunes de “fugir mais uma vez” do confronto direto.
A justificativa apresentada pela campanha de Nunes foi uma reunião emergencial marcada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para tratar dos efeitos da tempestade que assolou a capital na última sexta-feira (11).
Desde a tempestade de sexta-feira passada, foram desmarcados diversos compromissos da campanha à reeleição, dando prioridade às urgências da prefeitura”, informou a nota divulgada no início da madrugada.
Esta é a segunda vez que Nunes se ausenta de debates no segundo turno.
Na semana passada, ele também não compareceu ao evento promovido por O Globo, Valor e CBN.
Enquanto isso, Boulos tem marcado presença e utilizado esses espaços para apresentar suas propostas e criticar a ausência do atual prefeito.
A cidade de São Paulo enfrenta uma crise energética após o temporal que deixou cerca de 2,1 milhões de imóveis sem energia elétrica.
Mesmo cinco dias depois, aproximadamente 74 mil residências ainda estavam sem luz, segundo a Enel.
A previsão de novas tempestades para esta sexta-feira (18) aumenta a preocupação da população e coloca em evidência a necessidade de ações efetivas por parte da administração municipal.
A ausência de Nunes nos debates levanta questionamentos sobre sua disposição em enfrentar os desafios da cidade de forma transparente.
Em momentos críticos, é fundamental que os candidatos se apresentem ao público para discutir soluções e mostrar comprometimento com os eleitores.
Boulos, por sua vez, tem aproveitado a oportunidade para se posicionar como uma alternativa presente e disposta ao diálogo.
Na ausência de Ricardo Nunes, que fugiu mais uma vez do debate, Boulos concederá entrevista aos organizadores”, declarou sua campanha.
A decisão de Nunes pode ser interpretada como uma estratégia política ou uma prioridade às demandas emergenciais da cidade.
No entanto, a democracia se fortalece com o debate de ideias e a participação ativa dos candidatos nos espaços públicos de discussão.
Com a aproximação do dia da eleição, é essencial que ambos os candidatos se comprometam em apresentar claramente suas propostas e responder aos anseios da população.
O eleitor paulistano merece ter acesso a todas as informações necessárias para fazer uma escolha consciente sobre o futuro da cidade.
Segundo pesquisa da Paraná Pesquisas, Nunes tem 52,3%, e Boulos possui 39,2%; enquanto a sondagem da Quaest mostra Nunes com 45.
*Por Esmael Morais