MP mira irregularidades em transplantes com HIV no Rio

MP mira irregularidades em transplantes com HIV no Rio

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Seis pessoas foram contaminadas com HIV após transplantes no RJ, e Ministério Público investiga possível favorecimento na contratação do laboratório responsável


O Ministério Público do Rio de Janeiro vai investigar possíveis favorecimentos na contratação do laboratório PCS Lab, envolvido no caso de contaminação por HIV em pacientes transplantados. A Secretaria Estadual de Saúde confirmou, nesta sexta-feira (11), que seis pessoas foram infectadas pelo vírus após receber órgãos de doadores cujas amostras não foram adequadamente testadas pelo laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS Lab).

Um dos sócios do laboratório é parente do ex-secretário de Saúde do Estado, Dr. Luizinho, que estava fora do cargo há três meses quando o contrato foi firmado.

O PCS Lab teve seus serviços suspensos e foi interditado de maneira cautelar

O Ministério Público informou que o caso já está sendo avaliado pelos promotores de Justiça e Cidadania, que investigarão possíveis irregularidades no processo de licitação, além dos danos causados pelas falhas no serviço prestado.

Em nota, Dr. Luizinho, agora deputado federal, afirmou que não participou da escolha do laboratório e que manteve a equipe do Programa Estadual de Transplantes da gestão anterior. Ele ressaltou que a contratação do PCS Lab foi resultado de uma concorrência pública organizada pela Fundação Saúde, que possui gestão independente, e ocorreu quando ele já não era mais secretário.

O PCS Lab, por sua vez, abriu uma sindicância interna para apurar as responsabilidades no caso, afirmando que este episódio não tem precedentes na história da empresa. O laboratório também se comprometeu a oferecer suporte médico e psicológico aos pacientes infectados e seus familiares, e garantiu estar à disposição das autoridades responsáveis pela investigação.

Após a identificação dos pacientes contaminados, a Secretaria Estadual de Saúde iniciou a retestagem de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores desde dezembro de 2023, data da contratação do laboratório.

O PCS Lab segue com seus serviços suspensos enquanto as investigações prosseguem.

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