Pedro Sanchez reiterou sua forte condenação a qualquer violação ou invasão do direito humanitário internacional.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, pediu nesta sexta-feira (11) à comunidade internacional que interrompa o quanto antes a exportação de armas para Israel, após seus ataques a soldados de paz da ONU no Líbano. “Acredito que, à luz de tudo o que está acontecendo no Oriente Médio, a comunidade internacional precisa parar as exportações de armas para o governo israelense”, disse Sanchez em uma coletiva de imprensa conjunta com o Papa Francisco no Vaticano. A declaração foi citada pela agência Sputnik.
O líder espanhol afirmou que seu país tem consistentemente evitado “qualquer contribuição para a escalada da violência e da guerra” no Oriente Médio. A Espanha também não exporta armas ou material militar para Israel desde outubro de 2023, quando o conflito armado na Faixa de Gaza se intensificou.
Sanchez reiterou sua forte condenação a qualquer violação ou invasão do direito humanitário internacional e disse estar particularmente preocupado com os disparos de Israel contra a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).
Os soldados da paz da ONU foram alvo de ataques repetidamente no decorrer das hostilidades entre Israel e o movimento Hezbollah, baseado no Líbano. A mídia israelense relatou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) pediram à UNIFIL para se afastar da área de sua operação terrestre contra o Hezbollah, mas os soldados da paz recusaram.
Na quinta-feira, a UNIFIL informou que as IDF dispararam contra uma torre de observação em sua sede em Naqoura, no sul do Líbano, fazendo com que dois soldados da paz caíssem e se ferissem. Outros dois soldados da paz foram feridos na sexta-feira devido a duas explosões perto de uma torre de observação em Naqoura.