Os Estados Unidos aplicaram nesta sexta (11) novas sanções contra o Irã em reprimenda ao ataque do país persa à Israel, no início de outubro. As sanções recaem sobre o setor petroleiro e petroquímico do Irã. O anúncio do Departamento do Tesouro coloca como alvo pessoas, inclusive autoridades, e empresas relacionadas a esse setor da economia iraniana.
O impacto das sanções pode ser devastador para a segunda principal economia da região, que atravessa uma profunda crise econômica.
“Esta ação intensifica a pressão financeira sobre o Irã, limitando a capacidade do regime de gerar receitas energéticas essenciais para desestabilizar a região e atacar parceiros e aliados dos EUA”, disse o Tesouro americano em comunicado.
“As novas designações de hoje também incluem medidas contra a ‘Frota Fantasma’ que transporta o petróleo ilícito do Irã para compradores ao redor do mundo”, disse Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.
Com isso, o Departamento do Tesouro designou 16 entidades e identificou 17 embarcações como propriedades bloqueadas, citando seu envolvimento no transporte de produtos de petróleo e petroquímicos iranianos em apoio à Companhia Nacional de Petróleo do Irã, segundo o comunicado do órgão americano.
Com a medida, os americanos buscam dissuadir o grupo sionista que governa Israel de empreender uma resposta de grandes proporções ao inimigo em comum.
Por outro lado, a medida evidencia a régua assimétrica dos americanos quando seus interesses estão em jogo. Desde o 8 de janeiro, o exército israelense liquidou 41 mil vidas palestinas e destruiu a infraestrutura civil na Faixa de Gaza, incluindo o sistema de saúde e de educação.
Ainda assim, o governo do presidente Joe Biden não cogitou em nenhum momento aplicar sanções a setores econômicos de Israel. Pelo contrário, a administração democrata aprovou em agosto um pacote de US$20 bilhões em armas para os aliados do Oriente Médio. O pacote inclui caças F-15 e munição para tanques.