De modo contundente, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), derrotou a ofensiva bolsonarista e foi reeleito neste domingo (6) já no primeiro turno. Com a vitória, Paes irá para o quarto mandato, um feito inédito na cidade. Ele dividia o recorde de três gestões com Cesar Maia.
Com quase 99% das urnas apuradas, o candidato do PSD – que concorreu com o apoio do presidente Lula (PT) – tinha 1,8 milhão de votos, o equivalente a 60,42% dos votos válidos. Seu principal oponente, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), indicado à disputa pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não passava de 940 mil votos – ou 30,88%.
“Chegou a hora de acabar com essa polarização, essa briga de um contra o outro como se fossemos inimigos – e não somos. Dá para se juntar independentemente da visão de mundo”, disse Paes. “Queria agradecer muito ao presidente Lula, super companheiro, ajuda a gente há muito tempo. Nós, cariocas, reconhecemos o carinho pela nossa cidade.”
O Rio é a cidade-berço do bolsonarismo. Na última semana de campanha, o ex-presidente se concentrou na capital fluminense para tentar – em vão – levar seu desconhecido candidato ao segundo turno.
Ramagem até superou os demais adversários – Tarcísio Motta (PSOL), Carol Sponza (Novo), Cyro Garcia (PSTU), Marcelo Queiroz (PP), Rodrigo Amorim (União), Juliete Pantoja (UP) e Henrique Simonard (PCO). Mas Paes soube administrar uma vantagem sólida apontada desde as primeiras pesquisas eleitorais divulgadas depois de 16 de agosto – data do início oficial da eleição.
Paes foi vereador (1997-1999) e deputado federal (1999-2007). Elegeu-se prefeito pela primeira vez em 2008, sendo reeleito em 2012. Em 2020, voltou ao cargo. Sua gestão é uma das mais bem avaliadas entre as capitais do País. Seu vice será o deputado estadual Eduardo Cavaliere (PSD), ex-secretário municipal da Casa Civil.Paes, derrota