Atualmente, Richard Nunes é chefe do Estado-Maior do Exército e sua convocação para depor como testemunha é um passo importante na busca por esclarecimentos sobre o caso.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou o general Richard Nunes, ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro, a prestar depoimento como testemunha na ação penal que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Na época do crime, Nunes ocupava o cargo de secretário durante a intervenção federal na segurança do estado.
Após a prisão do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, como um dos suspeitos de ser o mandante do assassinato, o general reconheceu sua responsabilidade pela indicação do delegado, mas afirmou que não poderia imaginar o envolvimento dele no crime.
Atualmente, Richard Nunes é chefe do Estado-Maior do Exército e sua convocação para depor é um passo importante na busca por esclarecimentos sobre o caso Marielle.
Também foram intimados os vereadores Jorge Felippe (PP), ex-presidente da Câmara do Rio, Renato Moura (MDB) e Rosa Fernandes (PSD) e a delegada da Polícia Civil Patrícia Paiva Aguiar, entre outros.
As testemunhas já haviam sido indicadas pelos réus, mas não responderam ou não compareceram ao depoimento. Algumas alegaram que só participariam se fossem intimadas pelo STTF. Por isso, Moraes atendeu o pedido das defesas.
“Comprovadas as intimações, bem como as negativas de algumas testemunhas arroladas pelas defesas, os pedidos para que esta Corte realize as suas intimações se revelam pertinentes”, escreveu o ministro, em decisão de quinta-feira.
São réus na ação penal o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, o delegado e ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Alves Pereira. Eles negam as acusações.