Brasil, China e mais 11 países do Sul Global anunciam plataforma pela paz na Ucrânia

Brasil, China e mais 11 países do Sul Global anunciam plataforma pela paz na Ucrânia

Compartilhe

Grupo Amigos da Paz surgiu após reunião convocada por Brasília e Pequim, em paralelo 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou, neste sábado (28/09), a realização de uma reunião entre os países do Sul Global que buscam uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia, na última sexta-feira (27/09), em Nova Iorque, à margem da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

Presidido pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, o assessor-chefe do presidente Lula, Celso Amorim, e o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, o encontro reuniu outros 11 países preocupados em solucionar a crise na Ucrânia: África do Sul, Argélia, Bolívia, Cazaquistão, Colômbia, Egito, Indonésia, México, Quênia, Turquia e Zâmbia.

Em comunicado conjunto ao fim da reunião, os 16 chanceleres manifestaram preocupação com o conflito na Ucrânia e “com os sérios riscos de escalada” e “reiteraram a centralidade de respeito aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, inclusive o pleno respeito à soberania e à integridade territorial dos Estados”.

Também anunciaram a intenção da criação do Grupo Amigos da Paz, um conjunto de países do Sul Global que pretende estabelecer entendimentos comuns para apoiar os esforços globais para alcançar a paz, em especial na Ucrânia.

O grupo de países ainda enfatizou a importância de soluções pacíficas para o conflito e encontradas por meio da diplomacia. “Chamamos as partes do conflito a observar princípios para uma desescalada e destacamos a importância de não expandir o campo de batalha e não intensificar os combates”, diz o texto.

Os países pediram a abstenção da ameaça do uso de armas nucleares e solicitaram o aumento da assistência humanitária e da proteção de civis, de infraestruturas civis, incluindo instalações nucleares pacíficas e outras instalações de energia. O documento defende ainda os esforços de mediação para a troca de prisioneiros de guerra entre as partes em conflito.

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: