Federação Árabe Palestina do Brasil ressaltou resistência de líder do Hezbollah morto em bombardeio israelense contra Beirute.
A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) declarou, nesta sábado (28/09), que a morte do líder do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, é uma “tentativa desesperada das forças coloniais e imperialistas de deter o fim do projeto sionista”.
Por meio de uma nota pública intitulada “Hassan Nasrallah VIVE; só os covardes morrem!“, a Fepal afirmou que o assassinato de Nasrallah após o bombardeio israelense na capital Beirute “não interrompe o declínio” do supremacismo, apartheid, colonialismo e genocídio no mundo.
Em um resgate histórico, a organização pró-Palestina declarou que Nasrallah fez parte da retirada “às pressas e desorganizada” de Israel no Líbano em 2000, quando enfrentou “forte e determinada resistência do povo libanês”.
“Israel sofre nova derrota em 2006, tão humilhante quanto sua retirada atabalhoada em 2000, e lá estava a liderança de Nasrallah na orquestra deste feito heroico do povo libanês, de todas as suas forças reunidas contra o agressor sionista”, destacou a nota.
A Fepal ainda ressaltou a participação de Nasrallah “na derrota dos sionistas e seus sócios na Síria”, e à perda do “monopólio da dissuasão pelo terror que impunham aos povos da região” por meio dos colonos israelenses.
A organização afirma que “todos os impérios coloniais se tornaram mais genocidários” ao chegar em decadência, como a Alemanha Nazista, a França na Argélia, a Inglaterra na Índia, a Bélgica no Congo, o regime supremacista branco na África do Sul, e o Japão imperial na China e na Coreia.
“Não será diferente com o mais maligno de todos os projetos coloniais, o sionista, único da história baseado no extermínio integral das populações originárias que estiverem sob seu domínio, projeto em curso na Palestina há 77 anos e que segue derrotado”, declara o documento.
A Fepal traz que em 107 anos de ocupação, o sionismo assassinou “centenas de líderes palestinos”, mas mesmo assim “não conseguiu conquistar a Palestina ou a região”.
“Portanto, os que lutaram nestes quase 110 anos na Palestina e região, venceram. Assim é para Nasrallah, e tantos outros heróis que lutaram por seus povos e foram assassinados pelo imperialismo, com sua faceta sionista implicada em todos eles”, instou a organização.
“Nasrallah segue vivo, porque os corajosos não morrem. Segue vivo por seus exemplo e legado. Somente os covardes morrem, não porque a morte lhes chegue, mas porque nunca viveram. Um covarde não passa de um morto em movimento. Estes são tanto os genocidas que exterminam agora em Gaza e no Líbano, quanto os que preferiram o silêncio frente ao maior extermínio de crianças e mulheres da história. Suas mãos têm o sangue das crianças palestinas e libanesas e de seus heróis martirizados. Sabemos disso e não esqueceremos!”, finalizou a Fepal.
*Opera Mundi