Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), iniciou seu discurso na 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira (26/09) com uma declaração contundente: “nós não iremos embora”.
“A Palestina é a nossa terra natal. É a terra de nossos pais, de nossos avós. Ela continuará sendo nossa e, se alguém for embora, serão os usurpadores ocupantes”, afirmou Abbas, enfatizando a resistência palestina em meio à escalada da guerra.
Em seguida, ele acusou Israel de perpetuar uma “guerra de genocídio em grande escala”, denunciando a devastação da Faixa de Gaza pelos bombardeios israelenses, e declarou que o enclave palestino não é mais um lugar adequado para se viver.
O presidente palestino também contestou as afirmações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que Israel não causa mortes entre civis em Gaza. “Eu te pergunto, quem foi então que matou mais de 15.000 crianças?” indagou Abbas.
Em um tom crítico, ele ressaltou que “somente os Estados Unidos se posicionaram e disseram: ‘Não, a luta vai continuar’. E fizeram isso usando o veto”, referindo-se ao veto que tem sido utilizado repetidamente para bloquear a censura à campanha militar de Israel em Gaza no Conselho de Segurança da ONU.
Parem com esse crime. Parem agora. Parem de matar crianças e mulheres. Parem com o genocídio. Parem de enviar armas para Israel. Essa loucura não pode continuar. O mundo inteiro é responsável pelo que está acontecendo com nosso povo”, declarou Abbas, pedindo uma ação global contra a violência.
Abbas também afirmou que Israel ‘não merece’ estar na ONU, acusando Washington de ser o aliado e apoiador mais próximo de Israel, com bilhões de dólares em ajuda e material militar destinados ao país