Políticos e candidatos podem ser punidos por descumprirem ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal vai investigar usuários que continuaram utilizando o X (antigo Twitter) mesmo após a plataforma ser suspensa no Brasil.
A PF vai identificar quem usou a rede social após 30 de agosto, quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já atuava para suspender a plataforma no país a mando de Moraes.
O foco da Polícia Federal serão donos de perfis que publicaram no X reiteradas vezes após o bloqueio, usando atalhos como a VPN, também proibida pelo Supremo ao bloquear a rede no Brasil.
A coluna apurou que estão na mira da PF diversos deputados bolsonaristas. Entre eles, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) também está na lista de alvos dos investigadores. O parlamentar fez diversas postagens durante a suspensão do X, a maioria delas atacando Moraes.
Eduardo Bolsonaro, por exemplo, desafiou o ministro do Supremo e postou no próprio X, no dia 3 de setembro, que não poderia ser punido por usar a plataforma no Brasil.
“Estou postando no X, escrevendo do Brasil. De acordo com a nossa constituição, um comportamento que era legal até ontem não pode ser considerado ilegal hoje por decisão de um juiz. Não posso ser obrigado a fazer algo ou punido, exceto por uma lei anterior”, escreveu Eduardo.
Candidata em SP também usou o X
Como noticiou a coluna, a candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena, também deixou de cumprir a ordem. Ela postou na rede social, nos dias 31 de agosto e 2, 3 e 16 de setembro, diz Igor Gadelha, Metrópoles.
“Que maravilha poder publicar sem recorrer àquele amigo de fora do Brasil”, escreveu Marina no X, na ultima quarta-feira (17/9).