Em documento oficial, EUA traçam planos para possível confronto militar com a China até 2027

Em documento oficial, EUA traçam planos para possível confronto militar com a China até 2027

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A Marinha dos Estados Unidos se prepara para um possível conflito militar com a China até 2027, conforme apresentado no Plano de Navegação 2024 do país, divulgado na última quarta-feira (18/09) pela almirante Lisa Franchetti, chefe de Operações Navais da força marítima norte-americana.

“Este Plano de Navegação tem dois objetivos estratégicos: estar preparado para a guerra com a República Popular da China até 2027 e garantir a superioridade a longo prazo da Marinha dos Estados Unidos”, afirma Franchetti no documento.

Segundo o relatório, o presidente chinês, Xi Jinping, teria “instruído suas forças a estarem prontas para a guerra em 2027”. “O desafio que [a China] impõe à nossa Marinha vai muito além do tamanho da frota da Marinha do Exército Popular de Libertação”, afirma o texto.

Restauração de aeródromos no Pacífico
Os Estados Unidos estão restaurando um aeródromo no Pacífico como preparação para um possível confronto com a China. “Através de conceitos operacionais como a guerra de precisão multidomínio, campanhas econômicas e de zona cinzenta, a expansão de infraestruturas de uso dual (como aeródromos) e de forças de uso dual (como a milícia marítima chinesa), além de um crescente arsenal nuclear, a República Popular da China representa uma ameaça complexa em múltiplos domínios e eixos”, acrescenta o relatório.

Para atingir os objetivos estabelecidos, a Marinha pretende eliminar atrasos na manutenção de navios, submarinos e aviões, equipar rapidamente sua frota com drones e embarcações não tripuladas, além de recrutar e designar pessoal para missões.

Um dos maiores desafios é garantir que 80% da força naval esteja preparada para ser implantada em combate a qualquer momento. A almirante Franchetti destacou que são metas “ambiciosas, mas necessárias”.

Escalada de tensões
O anúncio do plano ocorre enquanto Washington reforça sua postura em relação à defesa de Taiwan, buscando expandir sua presença militar na região do Pacífico.

Por outro lado, a Embaixada da China em Washington destacou que Taiwan representa “o núcleo dos interesses fundamentais da China e a principal linha vermelha nas relações entre China e EUA”.

O porta-voz Liu Pengyu afirmou, na semana passada, que os Estados Unidos deveriam “interromper o aumento dos contatos militares com Taiwan e cessar o envio de armamentos”, além de “evitar ações que possam agravar as tensões no estreito de Taiwan”.

*Opera Mundi

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