Hezbollah acusou Israel por explosões de pagers que deixarem nove mortos no Líbano, e prometeu retaliação “em grande escala”
O clima de medo e tensão aumento no Líbano e em todo o Oriente Médio após um aparente ataque cibernético deixar cerca de 2,8 mil pessoas feridas e ao menos nove mortos nesta terça-feira (17/9). Durante a ação, pagers explodiram simultaneamente em diversas regiões do país, assim como em áreas da Síria.
De acordo com um comunicado do Hezbollah, diversos dispositivos eletrônicos utilizados por membros do grupo xiita explodiram por volta de 15h30 (horário local).
O grupo libanês responsabilizou Israel pela ação. O Ministério da Saúde do Líbano afirma que, entre os mais de 2 mil feridos, cerca de 200 estão em estado crítico por conta dos ferimentos provocados pelas explosões. Segundo o Hezbollah, civis também foram vítimas do ataque.
O ministro da Saúde do país, Firas al-Abyad, informou que a maioria dos ferimentos estão concentrados nas regiões do rosto, mãos, braços e abdômen.
Entre os feridos está o embaixador do Irã em Beirute, Mojtaba Amani. O diplomata, segundo a representação iraniana, não teve ferimentos graves.
Ainda que Israel não tenha reivindicado o ataque até o momento, o Hezbollah prometeu resposta contra a ação.
Durante conversa com o The News York Times, o chanceler do Líbano revelou que o grupo se prepara para uma retaliação em “grande escala”.
“O Hezbollah definitivamente vai retaliar em grande escala. Como? Onde? Não sei”, disse o chanceler.
Tensão de há meses
As explosões no Líbano surgiram um dia após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sinalizar que expandiria as ações contra o Líbano, diz o Metrópoles.
Em um comunicado, o gabinete do premiê israelense afirmou que Netanyahu defendeu uma “mudança fundamental” nas batalhas na fronteira libanesa, como forma de garantir o retorno de moradores de Israel ao norte do país.
Eles precisaram se deslocar da região após os combates entre forças do Hezbollah e Israel se intensificarem na região, com bombardeios e agressões mútuas de ambos os lados.
Após o início da guerra na Faixa de Gaza, o grupo libanês apoiado pelo Irã tem realizado uma série de ofensivas contra posições israelenses na região.