Explosões dos pagers teriam sido ativadas remotamente. Ocorrido deixou pelo menos 11 mortos e mais de 2,8 mil feridos no Líbano.
As explosões de pagers utilizados pelo Hezbollah foram causadas por detonadores previamente implantados por Israel, segundo o The New York Times. A informação foi confirmada por um oficial dos Estados Unidos e por autoridades que tiveram acesso a informações detalhadas sobre o incidente.
Segundo a reportagem do jornal norte-americano, o governo israelense inseriu cargas explosivas em um lote de pagers fabricados pela empresa taiwanesa Gold Apollo, que haviam sido importados pelo Hezbollah.
A estratégia envolveu esconder uma pequena carga de explosivos, com menos de 50 gramas, junto à bateria de cada dispositivo. Um interruptor embutido permitiu a detonação remota dos explosivos.
O Hezbollah e o governo libanês responsabilizaram Israel pelo ataque. Até o momento, o país não assumiu a autoria do ocorrido.
O plano
Fontes ligadas à segurança libanesa, citadas pela agência árabe Al Jazeera, indicaram que os pagers em questão foram importados pelo Hezbollah há aproximadamente cinco meses, sem que o grupo soubesse dos explosivos ocultos, segundo o Metrópoles.
O plano incluía uma medida adicional para aumentar a letalidade das explosões: os dispositivos foram programados para emitir um sinal sonoro pouco antes de detonar, atraindo os usuários dos pagers para manipularem os aparelhos, aumentando a chance de fatalidades.
A empresa Gold Apollo, fabricante dos pagers envolvidos no incidente, não se pronunciou sobre o ocorrido.