Seca extrema: 3 rios da Amazônia já atingem o menor nível da história

Seca extrema: 3 rios da Amazônia já atingem o menor nível da história

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Rios Madeira, Acre e Solimões chegaram aos níveis mais baixos da série histórica, conforme os dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Com a falta de chuva e o prolongamento da seca, os rios da Bacia do Rio Amazonas seguem registrando níveis cada vez menores. Entre quinta-feira (12/9) e este sábado (14/9), três afluentes importantes atingiram as menores marcas da história, conforme o monitoramento feito pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). São eles o Solimões, o Acre e o Madeira. Cada um deles tem um tipo diferente de medição de nível, mas as baixas são históricas em todos eles.

Às 8h de quinta-feira, o Rio Solimões em Tabatinga (AM), cidade que fica na fronteira com a Colômbia, atingiu a marca de -171 mm, a menor registrada, até então, nesse ponto de medição.

No mesmo dia, às 17h45, foi a vez do Rio Acre, em Rio Branco (AC), que atingiu a cota 126. Ele é um rio que desagua no Purus, um dos principais afluentes da margem direita do Amazonas.

A capital do Acre é uma das cidades mais atingidas pelas fumaças dos incêndios florestais. A qualidade do ar chegou a um nível tão baixo, nas últimas semanas, que o poder público foi obrigado a suspender aulas e a cancelar o desfile em comemoração ao 7 de setembro.

Rio Madeira: redução de 55 cm em menos de 10 dias
O terceiro rio da Amazônia a atingir a menor marca da série histórica foi o Rio Madeira, em Porto Velho (RO). Às 12h30 deste sábado, o marcador chegou aos 41 centímetros, algo inédito no retrospecto do monitoramento, feito no local desde 1967.

Essa situação era tão inesperada que o SGB precisou trocar a régua de medição e adotar uma nova, que vai até os centímetros. A redução contínua do nível do rio Madeira, que é considerado o afluente mais longo e mais importante do Amazonas, com quase 1,5 mil quilômetros de extensão, começou em julho deste ano.

No dia 5 de setembro, a água ficou abaixo de 1 metro pela primeira vez na história e, em menos de 10 dias, o nível baixou mais 55 cm, atingindo a marca histórica deste sábado.

Assim como no Acre, Rondônia também enfrenta, há meses, a falta de chuva e a continuidade das queimadas. Voos foram cancelados em Porto Velho e o governo local editou um decreto orientando para que as pessoas evitem atividades ao ar livre.

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