O levantamento foi feito pelo jornal GGN
Se em anos anteriores, o apadrinhamento de Jair Bolsonaro foi decisivo, neste é irrelevante, mostra balanço do GGN com pesquisas eleitorais
O apoio de Jair Bolsonaro nas eleições municipais deste ano não terá o mesmo impacto de pleitos passados e, para alguns casos, será irrelevante. É o que revelam as últimas pesquisas dos comandos das capitais dos 4 maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Recife.
Nesta sexta (13), o Datafolha mostrou uma queda das intenções de voto de Pablo Marçal (PRTB), na contramão da crescente que o candidato vinha apresentando, ao se associar ao bolsonarismo, e os dois líderes da disputa – Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) -, que sentiam os riscos do avanço de Marçal, aumentaram na pesquisa e se consolidam, até agora, para o segundo turno.
O fenômeno ocorreu logo após Nunes se distanciar do apoio direto de Jair Bolsonaro e se aproximar do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao mesmo tempo que Marçal fez um amplo esforço de aproximação com o ex-presidente e o eleitorado bolsonarista.
Também em Minas Gerais, a capital Belo Horizonte – que além de ser a terceira maior potência econômica do país, é do segundo estado no ranking de quantidade de eleitores -, o candidato de Jair Bolsonaro, Bruno Engler (PL), está em terceiro lugar nas pesquisas.
Levantamento da Quaest divulgado nesta quarta (11) mostrou Mauro Tramonte (Republicanos), liderando com 27% das intenções, seguido do atual prefeito Fuad Noman (PSD), com 20% e, depois, Engler com 16%. Ou seja, se as eleições fossem esta semana, o apadrinhado de Bolsonaro não disputaria o segundo turno da capital mineira.
As poucas chances motivaram, inclusive, um comício do PL no início do mês, com a presença da própria família Bolsonaro em peso: o ex-mandatário, a esposa Michele Bolsonaro e o filho, senador Flávio Bolsonaro (PL), além de outros nomes de peso da ultra-direita, como o popular e polêmico deputado Nikolas Ferreira (PL).
*GGN