O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, vem recebendo apelos de dentro e de fora do partido para não comparecer ao ato de 7 de setembro na Avenida Paulista, em São Paulo. Organizada pelo pastor Silas Malafaia, a manifestação tem como principal bandeira o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Integrantes da ala política do PL têm insistido com Valdemar que não compareça. O alerta é que a presença do mandachuva partidário pode prejudicar o próprio partido, inclusive em decisões que tramitam nas cortes superiores.
Um magistrado do STF relatou à coluna que emitiu recados desaconselhando Valdemar a comparecer no ato.
Procurada, a assessoria de imprensa do PL disse que a tendência hoje é que Valdemar não vá ao 7 de setembro, mas ponderou que ele pode mudar de ideia, como ocorreu na manifestação realizada na Paulista, em fevereiro. Caso vá ao evento, o líder partidário precisará estar presente em uma momento em que Bolsonaro não esteja no local, já que ambos são proibidos de terem contato, por decisão de Moraes, segundo Bela Megale, O Globo.
O ex-presidente também recebeu apelos para não comparecer ao evento. Como informou a coluna, na semana, Bolsonaro chegou a sinalizar que poderia desistir de ir ao ato. Após sofrer forte pressão de envolvidos na organização do 7 de setembro, porém, dobrou a aposta e gravou um vídeo convocando manifestantes a irem à Av. Paulista. Bolsonaro, inclusive, abriu espaço para o candidato à prefeitura da capital paulista pelo PRTB, Pablo Marçal, subir no carro de som.
Parte dos governadores que estiveram na manifestação em torno do capitão, em fevereiro, não comparecerá. É o caso de Ronaldo Caiado (Goiás). Já Romeu Zema (Minas Gerais) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro) ainda não confirmaram presença.