Zanin nega recurso da Starlink para suspender decisão de Moraes sobre bloqueio de contas

Zanin nega recurso da Starlink para suspender decisão de Moraes sobre bloqueio de contas

Compartilhe

Ministro rejeitou a ação por motivos técnicos

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da Starlink Brazil Holding para suspender os efeitos da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou o bloqueio das contas da empresa no Brasil.

Na quinta-feira (29), Moraes determinou o bloqueio das contas da Starlink para garantir o pagamento de multas impostas ao X, já que a plataforma deixou de ter representação no país. As duas empresas são de propriedade do empresário Elon Musk.

Nesta sexta-feira (30), a Starlink, que fornece serviços de internet, entrou com uma ação na Corte para suspender a decisão de Moraes. A ação foi protocolada por meio de um mandado de segurança, e o ministro Cristiano Zanin foi sorteado como relator do processo.

Em sua decisão de negar o pedido da empresa, o ministro Zanin rejeitou a ação por motivos técnicos, alegando que um mandado de segurança não é apropriado para contestar uma decisão tomada por um ministro do Supremo Tribunal Federal.

“No que concerne ao reconhecimento do grupo econômico de fato, também é inviável, nesta via do mandado de segurança, informar o ato impugnado, que apresenta motivação específica, com base em fatos e fundamentos jurídicos indicados pelo Ministro Alexandre de Moraes”, afirma a decisão, diz a CNN.

O mandado de segurança é um instrumento jurídico usado para proteger um direito que está sendo ameaçado ou violado por ato de uma autoridade. No entanto, não pode substituir outros recursos legais disponíveis e deve ser usado apenas quando o direito em questão é claro e indiscutível.

Na decisão em questão, Zanin deixa claro que o mandado de segurança não pode ser utilizado para revisar ou substituir decisões judiciais que são passíveis de recurso. O ministro argumenta que a decisão de Moraes está bem fundamentada e que não há qualquer ilegalidade evidente que justifique a utilização deste instrumento.

No pedido apresentado pela Starlink, a empresa solicita a suspensão total dos efeitos da decisão de Moraes e o desbloqueio dos valores retidos.

Segundo afirmou ao STF, o bloqueio de todos os seus ativos e contas no Brasil sujeitou a empresa a uma “constrição ampla e extremamente gravosa de seus direitos patrimoniais, a ponto de colocar em ‘xeque’ suas operações no país”.

A empresa também argumentou que não era parte no processo envolvendo as multas aplicadas ao X.

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: