Israel recebeu 50.000 toneladas de armas dos EUA desde 7 de outubro

Israel recebeu 50.000 toneladas de armas dos EUA desde 7 de outubro

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Os Estados Unidos não mostram sinais para implementar embargo de armas ou mesmo condicionar ajuda militar, enquanto número de palestinos mortos continua aumentando.

Em 26 de agosto, o Ministério da Defesa de Israel anunciou que havia recebido mais de 50.000 toneladas em remessas de armas e equipamentos militares dos Estados Unidos desde 7 de outubro. Israel usou essas remessas para realizar uma guerra que foi rotulada por órgãos internacionais e outras nações como um genocídio contra o povo de Gaza, com mais de 40.000 palestinos mortos pelas forças israelenses até agora. As entregas de armas são “cruciais para sustentar as capacidades operacionais das IDF (Forças de Defesa Israelenses, em português, como é chamado o exército do país) durante a guerra em andamento”, alegam as forças israelenses.

Parece que os EUA não estão nem perto de um embargo de armas contra Israel ou mesmo de condicionar ajuda, apesar da pressão de dentro do próprio país para tal. Apenas algumas semanas atrás, o Pentágono anunciou uma venda de armas no valor de U$20 bilhões (aproximadamente R$110 bilhões) para Israel.

No mês passado, pouco antes do Congresso dos EUA aplaudir de pé o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em uma sessão conjunta especial da casa, sete grandes sindicatos, representando quase metade da força de trabalho sindicalizada combinada, escreveram uma carta exigindo que os EUA encerrassem a ajuda a Israel.

Essa demanda foi reiterada por delegados “não comprometidos” na Convenção Nacional Democrata na última semana, assim como pelos milhares de manifestantes do lado de fora da Convenção em Chicago. A vice-presidente Kamala Harris, formalmente escolhida como a indicada do Partido Democrata na eleição presidencial de 2024, apenas reforçou firmemente o apoio de seu partido a Israel em seu discurso de aceitação;

“Sempre defenderei que Israel tenha o direito e a capacidade de se defender, porque o povo israelense nunca mais deve enfrentar o horror que uma organização terrorista chamada Hamas causou em 7 de outubro, incluindo violência sexual intraduzível e o massacre de jovens em um festival de música”, declarou Harris.

As condições de genocídio estão se tornando cada vez mais terríveis em Gaza. Em 16 de agosto, o Ministério da Saúde palestino confirmou que um bebê de 10 meses em Gaza havia sido infectado com poliomielite, o primeiro caso da doença no enclave em 25 anos. Este anúncio levantou alarmes sobre os efeitos da guerra nas condições de doença e fome, o que poderia levar a mais de 186.000 mortes, conforme estimado por uma carta publicada na revista científica britânica The Lancet no mês passado. Organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatizaram que uma pausa humanitária na guerra é essencial para realizar uma campanha eficaz de vacinação contra a poliomielite.

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