Atas fake: pesquisador encontra registros eleitorais falsificados em site de Corina Machado

Atas fake: pesquisador encontra registros eleitorais falsificados em site de Corina Machado

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Segundo analista espanhol, 85% das atas do município de Tinaquillo têm problemas nas assinaturas, em códigos QR incompletos e em informações das máquinas de votação.

Continuam aumentando as provas de irregularidade e falsificação das “atas eleitorais” divulgadas por María Corina Machado e Edmundo González em uma página web, sobre as quais se apoiou a narrativa do suposto triunfo do ex-candidato da PUD, e uma nova agenda de desestabilização com golpe de Estado.

Neste sentido, o caso de Tinaquillo, cidade do estado de Cojedes, é ilustrativo.

O escritor e pesquisador espanhol Román Cuesta, especialista em dados e fake news, publicou uma análise em sua conta no X sobre as “atas” do processo eleitoral de 28 de julho neste povoado da planície central venezuelana.

Cuesta afirmou que, por estar sujeita à revisão pública, a página web de María Corina Machado já “recebeu duas auditorias” segundo seus administradores, sem que tenham sido corrigidas as irregularidades detectadas e resenhadas.

85% de atas fakes
O pesquisador realizou uma seleção simples de um município da Venezuela para rever a totalidade das “atas” disponíveis para este lugar, e escolheu ao acaso o município de Tinaquillo. Segundo este site, nesta entidade foram geradas 61 “supostas atas”, referentes a 61 mesas eleitorais. O analista reviu os 61 documentos completos e concluiu que 52 eram fakes, mostrando nelas irregularidades como assinaturas planas, rubricas presumivelmente falsas, códigos QR incompletos e falta do código da assinatura digital da máquina de votação.

Também mostrou padrões irregulares e indícios de falsificação nas assinaturas encontradas, que em vários casos parecem mais um desenho livre do que uma assinatura pessoal. Novamente se fez presente a falta de assinaturas, uma grave irregularidade em uma ata eleitoral que se pretenda verdadeira.

Convém acrescentar que, segundo os métodos eleitorais na Venezuela, a rubrica de “atas” se realiza diretamente sobre a tela táctil das máquinas de votação. Este processo é obrigatório para membros de mesa, testemunhas e operadores de máquina. Sua execução se realiza com comodidade em virtude da amplitude da tela e de sua disposição. Depois da impressão dos comprovantes —erroneamente chamados de “atas”—, em alguns casos o pessoal na mesa realiza uma nova assinatura a mão sobre o papel físico, mas isto é irrelevante e desnecessário já que, com a tela, a rubrica fica registrada.

Em vários casos, detectados pelo pesquisador nota-se como alguns comprovantes têm dupla assinatura, uma data em digital e outra possivelmente feita fisicamente no papel, mas muito diferentes em muitos casos, reflexo de uma muito possível falsificação.

*Diálogos do Sul

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