Crescimento de Marçal faz bolsonaristas baterem cabeça em São Paulo

Crescimento de Marçal faz bolsonaristas baterem cabeça em São Paulo

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Candidato do PRTB tem a preferência de 44% dos eleitores do ex-presidente; Nunes, apoiado por Bolsonaro, tem 30%

O crescimento de Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas para a prefeitura de São Paulo tem causado divisões dentro da base bolsonarista no estado. A última pesquisa do Datafolha, divulgada na quinta-feira (22), mostra Marçal empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), o atual prefeito.

Marçal lidera com 44% das intenções de voto entre os eleitores de Jair Bolsonaro, enquanto Nunes aparece com 30%.

Diante desse cenário, como mostra o UOL, o ex-presidente Bolsonaro tem manifestado insatisfação com Marçal, que ele acusa de distorcer informações e de forçar um apoio que, segundo aliados de Bolsonaro, não existe.

A irritação de Bolsonaro também se deve ao fato de Marçal ter se recusado a responder perguntas sobre o ministro do STF, Alexandre de Moraes, durante uma entrevista, o que gerou desconforto entre os apoiadores do ex-presidente. Além disso, fotos de Marçal com Moraes passaram a circular nas redes sociais, aumentando o mal-estar.

Marçal evoca símbolos bolsonaristas

No entanto, alguns parlamentares de direita veem o crescimento de Marçal como algo irreversível, destacando que ele representa uma figura antissistema e que tem conseguido atrair eleitores com pautas conservadoras. Durante eventos, Marçal tem evocado símbolos bolsonaristas e abordado temas de costumes, o que tem reforçado seu apoio entre uma parcela dos eleitores.

Bolsonaro, por sua vez, tem se mostrado mais crítico a Marçal e deve aumentar a frequência de ataques nas redes sociais contra o candidato do PRTB. Ele também tem ponderado sobre sua escolha de apoiar Ricardo Nunes para a reeleição, uma vez que Nunes viu sua popularidade cair de 23% para 19% na última pesquisa.

A divisão entre os bolsonaristas em São Paulo reflete a disputa acirrada e as diferentes estratégias adotadas pelos candidatos para atrair o eleitorado conservador.

Enquanto Marçal se posiciona como um outsider que desafia o sistema, Nunes tenta consolidar seu apoio dentro da máquina pública e da base bolsonarista mais tradicional. Com o segundo turno se aproximando, a tendência é que as tensões aumentem ainda mais, especialmente se Marçal continuar crescendo nas intenções de voto.

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