As vendas de imóveis novos no país bateram recorde no segundo trimestre deste ano. Houve aumento de 17,9% entre abril e junho comprado ao mesmo período do ano passado. Nesse intervalo, somente no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) as vendas subiram 46%.
Os dados são da pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 2º Trimestre de 2024, divulgados nesta segunda-feira (19) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A pesquisa indica que foram movimentados R$ 53 bilhões, sendo o Valor Geral de Vendas (VGV) 20,2% maior que no mesmo intervalo de 2023 (R$ 44 bilhões).
A CBIC informou que foram vendidas 83.930 unidades no período nas 221 cidades analisadas (incluindo as 27 capitais e principais regiões metropolitanas), um recorde desde o início do levantamento, iniciado em 2016.
No MCMV foram 39.332 vendas no segundo trimestre de 2024, contra 26.935 no mesmo período de 2023 – alta de 46%. A participação do MCMV no volume vendas passou de 34% para 42%.
O Minha Casa, Minha Vida também teve aumento expressivo de 86,7% no número de lançamentos de imóveis no período.
Foram 44.764 novos imóveis colocados no mercado, na comparação com o segundo trimestre de 2023 (23.979 imóveis lançados). A participação do MCMV no volume de lançamentos passou de 31% para 53% na comparação no período.
Para a CBIC, o mercado vem respondendo desde os avanços promovidos no programa MCMV no segundo semestre de 2023.
“Quando o governo acerta os parâmetros do Minha Casa, Minha Vida nós vemos as vendas crescendo rapidamente. Leva um ano para mudar de patamar, o setor é de resultados de médio e longo prazo. Você toma uma decisão agora e o efeito acontece paulatinamente”, avalia o presidente da CBIC, Renato Correia.
“Esses números mostram que vendemos mais de mil unidades por dia, todo dia”, comemora.
Correia analisa que o mercado segue forte e o público continua em busca de imóveis novos, pois a demanda tem sido contínua pelos apartamentos lançados, foco do levantamento.
Para ele, os resultados apontam um bom sinal para o restante do ano, pois os demais trimestres costumam concentrar mais vendas, ano a ano.
Isso porque, o mercado está em fase de crescimento e, mantido o cenário atual, a tendência é um segundo semestre positivo.
O executivo destacou o efeito benéfico da combinação de inflação controlada; juros baixos – sem indicação de alta; aumento na geração de novos empregos e disponibilidade de recursos tanto do FGTS quanto da caderneta da poupança para aplicação em moradia.
“No mercado imobiliário, o segundo semestre sempre é melhor que o primeiro e a tendência é que seja melhor também nesse ano”, completou o CEO da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo.