Presidente e líderes do movimento conversaram sobre políticas para assentamento de famílias acampadas e cenário da violência no campo.
Ao longo do encontro, os dirigentes também debateram questões como fome, desigualdade social, concentração fundiária, violência no campo e crise ambiental. O MST destacou que há mais de 65 mil famílias acampadas aguardando o acesso à terra, e 500 assentadas enfrentando dificuldades na produção de alimentos.
Ao tratar da Reforma Agrária, o MST apresentou um plano com políticas voltadas ao assentamento das famílias acampadas, massificação da agroecologia, acesso a crédito de produção de alimentos saudáveis, combate à violência no campo e recuperação ambiental. O movimento também cobrou fortalecimento e reestruturação de órgãos ligados à Reforma Agrária, como Incra e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Outro ponto tratado foi a situação dos assentamentos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que prejudicou toda a produção das famílias agricultoras. Ao todo, cerca de dois mil hectares de arroz foram perdidos com as inundações.
Encontro importante e positivo
Ao avaliar o encontro, a direção do MST o classificou como importante e positivo, marcado pelo “tom sincero e pela renovação do compromisso com a Reforma Agrária Popular por meio do permanente diálogo”.
“Uma reunião para acertarmos os ponteiros e avançarmos na Reforma Agrária. O presidente, por sua vez, mostrou-se satisfeito com a visita. Este é um diálogo a ser feito com todas as forças populares do país para assim superarmos nossas mazelas mais profundas”, publicou o fundador do movimento, João Pedro Stedile, em suas redes sociais.