‘Vocês sabem que estamos trabalhando muito para reconstruir o país’, afirma o presidente na gravação que começará a ser veiculada nas mídias digitais de candidatos petistas e aliados nesta sexta.
A partir desta sexta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começará a aparecer nas redes sociais de candidatos do PT e de partidos aliados às prefeituras e Câmaras municipais. A data marca o início oficial da campanha eleitoral, conforme o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No vídeo gravado no último sábado na sede do PT em Brasília, Lula afirma: “Quando voltamos ao governo federal, encontramos quase tudo desmontado por quem estava lá antes de nós”. Sem mencionar diretamente Jair Bolsonaro (PL), Lula critica seus adversários, dizendo que “espalharam armas de morte ao invés de entregar livros e remédios”, trazendo um tom nacional à disputa pelas prefeituras.
Desde dezembro de 2023, quando o PT realizou uma conferência eleitoral, Lula vem destacando que as eleições deste ano, embora municipais, representam uma espécie de terceiro turno entre ele e Bolsonaro. “Vocês sabem que estamos trabalhando muito para reconstruir o País”, afirma o presidente na gravação que começará a ser veiculada nas mídias digitais de candidatos petistas e aliados, com possibilidade de exibição no rádio e na TV a partir do próximo dia 30, quando se inicia a propaganda eleitoral gratuita.
Lula também ressalta no vídeo: “Programas importantes para o povo, como a Farmácia Popular, o Minha Casa Minha Vida e o Mais Médicos, estavam parados. Não havia recursos para a merenda escolar, os hospitais e as estradas. Espalharam armas de morte ao invés de entregar livros e remédios. Mas, aos poucos, estamos colocando o País no rumo certo outra vez”.
Ao pedir votos para os candidatos do PT e dos partidos aliados, Lula reforça o discurso de polarização para enfrentar o bolsonarismo: “Porque a gente não pode permitir que o ódio e a mentira continuem a reinar neste País”, conclui.
Em um movimento inédito, o PT não terá candidato próprio em São Paulo. Na capital paulista, o partido apoia Guilherme Boulos (Psol), que tem Marta Suplicy, retornada ao PT em fevereiro, como vice.
Em nível nacional, o PT lançará 126 candidatos em municípios com mais de 100 mil eleitores, mas terá candidato próprio em apenas 13 capitais. Desde 2016, o partido vem perdendo prefeitos e atualmente conta com 265 em todo o País – nenhum em capitais e apenas quatro no Estado de São Paulo.